segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Monólogo da Cerveja Pt II

É,gente. O tempo está passando e eu estou ficando mais careca a cada dia. Achei que iria continuar na vida cervejólica ao passo em que meus cabelos iam caindo, mas reparei que minha produção urinária devido à ingestão do sagrado líquido caiu MUITO de um mês pra cá.

Motivo? A dona Jovelina não vai mais me ver chegando bêbado. Mudei da casa dela e agora tenho que me manter alimentado, morando sozinho, o que consome todo o dinheiro da minha cerveja. Quer dizer, todo o dinheiro que eu destinaria à beer. Eu não ligo de pagar R$2 em uma garrafa de SubZero, mas me dói o coração de ter que pagar 1,68 em um litro de leite, que dura muito mais que a garrafa de cerveja. A vida é injusta, ainda mais a vida de bêbado à qual eu me adaptei nos últimos sete anos. Não existe problema em gastar 40 reais num churrasco, mas, sério mesmo, eu falo "meus pêsames" para mim mesmo toda vez que saio do mercado com algumas sacolinhas, cheias de coisa nenhuma, que custaram os mesmos 40tão do churras.

A grande diferença é que os dois matam você. Eu não vivo sem cerveja. Morro se não beber. Morro de agonia, uma morte triste, dolorida, penosa. O problema é que eu morro antes se ficar sem comer alguma coisa ou se ficar sem tomar leite. (É, eu gosto de leite.) Enfim, a cerveja ainda está no sangue, vai demorar uns dias pra dissolver todo o álcool ingerido na minha juventude. Esse é o meu alento, os resquícios etílicos presentes no meu fígado (rim, coração, baço, pâncreas, adenóides, retículos endoplasmáticos e complexos de Golgi) ainda "remains."

Devo confessar que eu funciono um pouco melhor depois de ter parado de encher a cara de caninha todo dia, mas, quem disse que eu quero ficar bom??? Bebo é pra ficar ruim mesmo, pra ficar bom, eu tomo remédio...


Ou simplesmente não bebo...


=/

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